05 junho 2014

Porto Primavera Sound

Antes do almoço constatei que o Primavera Sound começava já hoje e eu sem ver o cartaz completo, sem saber se realmente vale ou não a pena gastar dinheiro e ir ao parque da cidade. Claro que o enorme Ty Segall vai e por si só já valerá uns bons euros, mas e o resto? Achei por bem dar uma vista de olhos ao cartaz completo e, além disso, deixar aqui numas breves linhas o que penso, porque sei que alguns dos meus (milhares de) seguidores não vão a lado algum sem saber a minha opinião.
 
                                                                                         Courtney Barnett
Bom, olhando o cartaz com outros olhos facilmente percebo que não vou mesmo. O Kendrick é boring - se fosse Spank Rock, Death Grips ou o Kanye já era outra coisa – e já não tenho paciência para Pixies, Televisions, Nationals ou Slowdives. Mas há obviamente muito para ouvir, de qualidade, e muita coisa que não conheço, o que é sempre ótimo porque ir a um festival e voltar na mesma não tem piada nenhuma. Caso fosse, hoje não perderia as belas canções do Rodrigo Amarante e do Caetano no conforto do recinto e certamente que iria aproveitar para aquecer ao som mais psicadélico e dançável dos Jagwar Ma. Amanhã a simpática Courtney Barnett, num registo mais folk e despreocupado, com um estilo quase spoken-word, e com a sua narrativa bem interessante é imperdível, assim como os Föllakzoid. De Santiago do Chile, são donos e senhores de um som psicadélico e já devem ter ouvido falar de krautrock. Vai ser intenso e promete pôr o pessoal em transe. Também apostava nos Pond – australianos como os Jagwar Ma, a Courtney ou… Tame Impala. Confesso que não os conhecia, e ainda equacionei se não seriam “aquela” banda que vem num álbum que adquiri há uns anos chamado Everything is Nice:  the Matador Records 10th anniversary anthology. Não são, esses são os Bardo Pond, mas de qualquer forma fui ouvir e recomendo. Não foi inconscientemente que referi os Tame Impala, estão na mesma onda. No último dia destaco as Dum Dum Girls que estão menos ruidosas, mais doces, mas melancólicas como sempre. Não perderia este espetáculo, até porque a Dee Dee e companhia vestem-se bem, nem a performance soul e funk do senhor Charles Bradley. O americano tem em James Brown uma inspiração e vai seguramente transportar quem tiver o privilégio de o ver para outras paisagens dos anos 60 e 70. Por fim, Ty Segall. Merecia um parágrafo ou um post só para ele. Contudo, e porque não vos quero maçar mais, fico-me apenas por uma pequena frase, por um facto, por um conselho: este gajo e o Dwyer são os MAIORES portanto não percam!



Acabei por fazer também uma playlist no spotify.

2 comentários:

Sara disse...

Gostei da opinião e da playlist! :)

António Joaquim Oliveira disse...

obrigado Sara. numa ato impulsivo acabei por ir no último dia para ver o Ty. valeu a pena :)