31 janeiro 2016

Um outro lado de Amália.

Não sou entendido nem me posso considerar um verdadeiro apreciador de fado, embora esporadicamente goste de o ouvir, em determinadas circunstâncias, ou de saber há vários anos a letra d' O Namorico da Rita, valha isso o que valer (obrigado pai por, entre outros, ouvires Amália ao sábado de manhã, quando era miúdo).

foto retirada de http://altamont.pt/cancao-do-dia-alfama-amalia/

Um destes dias a Zona Ribeirinha (TSF) recebeu Frederico Santiago, coordenador da edição discográfica de Someday, "um disco perdido em 1965 que nunca ficou completo". Durante a emissão, Santiago afirmou que Amália foi uma "cantora experimentalista, que passou a vida a experimentar coisas, passou a vida à procura de coisas novas"; que fruto dessa vontade acabou, não raras vezes, por abandonar alguns projetos; que "inventou uma maneira tão original de cantar que não tem rival, ninguém vai cantar o Summertime assim, nunca". No fundo, que Amália era "diferente, especial...".

Confesso que fui apanhado desprevenido ao ouvir Amália cantar clássicos da Ella Fitzgerald ou a Blue Moon e que tudo isto é muito giro. O álbum não é de fado, tem vários temas em inglês - All the Things You Are, Summertime, Can't Help Lovin' Dat Man ou The Nearness of You - e Amália é acompanhada por uma orquestra sinfónica. Vale a pena ouvir.

Nada disto não é fado, tudo isto é Amália.

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