12 janeiro 2016

Molly Nilsson.

"Your approach is quite admirable in that you write, produce, mix all your music as well create the artwork and distribution. Essentially, every aspect of your music is all you! What sparked your ambition to work in this way?
Well I'm just very driven when it comes to certain things and that in combination with my artistic pride and distrust in the industry just landed me there. But of course, despite all that I have had some amazing people surrounding me, inspiring me and encouraging me over the years.
Would you say that you always had that autonomous trait in you?
Yes, ask my teachers."
 Molly Nilsson, no the405

foto retirada de http://www.feadbaque.com/reviews/molly-nilsson/

A Molly Nilsson é uma artista sueca que vive em Berlim. Eu diria que a música da Molly, e neste caso tudo na música dela é mesmo dela, é eletrónica e é pop; será synth-pop com melodias que me tiram do sério; é também um som melancólico e é dos poucos casos em que realmente estou atento às letras, quando não me perco nas melodias e nas (poucas mas intensas) camadas de sons.

Como se pode deduzir do excerto da entrevista ao the405, a Molly criou a sua própria produtora, a Dark Skies Association, e tudo passa por ela - música, produção, mistura, packaging, promoção, digressões, papelada... Portanto tudo o que se ouve é o que a artista quer que se ouça, sem interferências. Isto tem um valor incalculável. Raramente dá entrevistas mas diz coisas muito interessantes. Desde 2007 que lança material, através da Dark Skies, e em setembro do ano passado lançou o seu sexto álbum, Zenith, onde se pode ouvir esta ode a 1995 (não será antes 1985?).


Ouvi Molly Nilsson pela primeira vez em Sarajevo, e logo ao vivo, no peculiar Mucha Lucha (thanks Elma!). Desde aí que não estou muito tempo sem ouvir These Things Take Time, álbum de 2008, que é uma das obras de arte que mais gosto. É mais sombrio e ao mesmo tempo mais romântico do que o que se ouve no vídeo em cima, a música é menos trabalhada, com uma produção mais rudimentar. Tem momentos mágicos como Hey Moon!, Wounds Itch When They Heal, Whiskey Sour, Poisoned Candy, ou (Won't Somebody) Take Me Out Tonight. Sente-se mais cada som e palavra. Tenho dificuldades em falar deste álbum porque não o consigo fazer com a devida justiça. Oiçam-no.



PS - a melhor música do John Maus, Hey Moon!, é na realidade da Molly, do These Things Take Time.

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