Paredes de Coura

Na sexta fiz uma viagem relâmpago a Paredes de Coura com a minha irmã.

Assim muito rapidamente, gostei de You Can't Win Charlie Brown, Summer Camp - acho que estes perdem um bocado ao fugir aquele som mais dreamer de Ghost Train tornando-se demasiado banais - e Metronomy.

Deerhunter, o principal motivo por ter optado por ir na sexta, foi muito bom - acho que não havia hipótese de não ter gostado - mas talvez estivesse à espera de mais. Mais três ou quatro músicas e ficava de barriga cheia. - He Would Have Laughed era pedir de mais mas uma Helicopter ou Agoraphobia ficavam sempre bem. Gostei muito da transformação das músicas para o palco, mais densas, com mais distorção, mais musculadas mas sem perderam toda a sua magia.

O concerto do dia foi provavelmente o dos Kings of Convenience. Foi seguramente das coisas mais bonitas que já vi. Tal como Simon e Garfunkel, Erlend e Eirik fazem canções que roçam a perfeição. Em Coura foi indescritível. Não faltaram Homesick, Mrs Cold, Misread ou I'd Rather Dance With You e ouve espaço para Tom Jobim "aparecer"...

A surpresa, para mim, foram os Le Butcherettes (obrigado Raquel!). Actuação explosiva, bem punk, bem rock'n'roll, bem louca do trio oriundo do México. Já tinha saudades de algo assim. Não sei se a Teri será sobrinha da PJ Harvey ou prima afastada da Karen O mas que tem sangue na guelra lá isso tem. E claro, não há nada como uma miúda de vestido e guitarra a descarregar toda aquela energia. A rever , se possível numa garagem ou num tasco manhoso. O Horácio deve concordar (não te vi mas vi o cartaz).

Perdi Battles, que aparentemente foi muito bom, mas acontece. Erro meu.

Apesar de ter sido apenas por umas horas, foi bom ter voltado a Paredes de Coura depois de ter falhado a edição do ano passado - já ia em 5 edições seguidas. Pode ser que para o ano volte e para os dias todos. Espero que sim.

Tirei a foto daqui.