Há uns meses, num acto impulsivo, a Sara e eu compramos bilhetes para Twin Shadow. Por algumas vezes achei que não o devia ter feito. É porreiro mas se calhar ao vivo não vale assim tanto a pena, pensava eu. Puro engano. Ontem lá fomos a Vila do Conde - já tinha saudades daquele ar fresquinho e daquele cheiro a mar a bater-nos na cara - e saí de lá bastante surpreendido. Se é normal as músicas ao vivo ganharem outra vida, não será tão normal a transformação que se dá do álbum para o palco no caso de George Lewis Jr e companhia.
Ontem, a melodia e os ritmos mais lentos de Forget foram filtrados por um baixo, bateria, teclas e uma guitarra à Johnny Marr, que deram uma toada mais viva e mais rápida, menos dream-pop ou chill-não-sei-das-quantas. Eu fui surpreendido e gostei. Houve tempo para duas ou três músicas novas e para Castles in the Snow, Forget, Tyrant Destroyed, Yellow Balloon, When We're Dancing, Tether Beat ou At My Heels. George Lewis Jr, um tipo bem porreiro , lá pediu desculpas por não terem mais músicas para tocar e de facto o público, que se mostrou muito entusiasmado e conhecedor, estava a gostar e queria mais. Foi muito bom.
Hoje passam por Vila do Conde Toro Y Moi e Clound Nothings. Vi no Verão Toro Y Moi e neste caso, ao contrário de Twin Shadow, a actuação não foi muito forte. O (grande!) primeiro álbum também não o permitia muito. Com o novo Underneath The Pine e com mais quilómetros nas pernas, Chaz Bundick e companhia devem ser actualmente mais enérgicos e completos em palco. Vai ser com certeza mais um belo espectáculo.
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