18 março 2010

Yo La Tengo, Beach House, Messi, Aimar e Saviola

Yo La Tengo foi do outro mundo mas já passou. Hoje é dia de Beach House em Guimarães (e do Benfica em Marselha).

Como li algures, Yo La Tengo é como o Messi - quer faça um jogo (concerto) fantástico, quer esteja uns furos abaixo do habitual, quando o jogo acaba ficamos sempre maravilhados por este ou aquele drible, ou simplesmente pela forma como a bola é conduzida por aquele pé esquerdo mágico. Assim como o argentino não tem culpa de ter nascido com um talento excepcional e de maravilhar a cada passo que dá com a bola controlada, o trio de New Jersey também não tem culpa de transformar em ouro tudo o que toca - quer seja num desvaneio doentio de feedback e distorção numa versão bem mais longa que o habitual de Litle Honda quer seja na docura de This Summer, com Georgia a sair da bateria e a assumir a voz. Algo que é também imagem de marca dos Yo La Tengo e que os torna ainda mais especiais é esta rotação de instrumentos/artistas, a sua extrema simpatia e a forma como eles se divertem em palco. Assim como os jogos de Messi deviam durar duas ou três horas em vez de noventa minutos, os espectáculos dos Yo La Tengo deviam durar a noite toda...

Pelas 22h de hoje sobem ao palco do CCVF Alex Scally e Victoria Legrand - qual dupla Aimar-Saviola, um a pensar e a pautar o jogo e o outro a maravilhar com a sua elegância e controlo de bola invulgares, apoiados por Graham Hill e Daniel Franz - Javi Garcia e Ramires.

Peço desculpa a quem não dá importância ao futebol e não segue a carreira do Sport Lisboa e Benfica mas não resisti a fazer estas comparações, já que o glorioso joga hoje uma cartada decisiva na "euro liga" como diz o outro.

p.s. - não sei onde ouvi que na passada terça-feira iam divulgar alguns nomes para Paredes de Coura - devo ter sonhado. De qualquer forma a teoria do último post foi por água a baixo :)

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