Sem romance não há marketing

Vou fugir da rotina e vou falar um pouco de marketing. Melhor, vou transpor uma pequena parte do que li na página 24 da edição de hoje do Jornal de Negócios. Tenho o hábito de passar uma vista de olhos neste diário e, ao ler um curto artigo acerca do livro “Platão Marketeer” de Fernando Nascimento, não resisti a partilhar pequenas ideias que o professor desenvolve no dito livro. O homem realmente coloca as coisas de uma forma bastante simples e, equiparando o marketing a um romance, dá uma verdadeira lição de marketing que está ao alcance de qualquer pessoa do senso comum. Sem espinhas.

“O primeiro passo da conquista. Quem é que eu quero? No romance ou no marketing, a segmentação é o ponto de partida. Não vamos atrás da primeira pessoa que nos aparece só porque está disponível. Somos selectivos.”

“Neste processo de sedução não falta a análise da concorrência. Quem anda atrás de quem nós queremos seduzir? Que argumentos tem? Somos capazes de ser melhores?”

“Mais importante que conquistar é reter. Em muitos casos, era uma minoria de clientes (10% a 30%) que gerava 80% dos lucros, havendo mesmo um conjunto significativo de clientes que davam prejuízo.”

Aqui entra a cada vez mais importante fidelização do (bom) cliente. Como fazê-lo? Mais uma vez Fernando Nascimento faz o paralelo com o romance.

“…há sempre uma pequena prenda, um momento especial ou, então, uma mudança de penteado, um novo piercing para ficar mais sexy.”

“É preciso reinventar a relação para evitar cair na monotonia. Novos produtos, novas embalagens, novos serviços, novos locais de distribuição.”

“O marketing clássico não é tudo e isso vê-se na queda da General Motors. O código de comportamento é bem mais importante que uma campanha de mass media”.

In Jornal de Negócios de Quinta-feira, 22 Out 2009