
O mais recente álbum da banda de Sheffield está diferente. Os Arctic Monkeys conseguiram dar um passo em frente. Evoluíram e ainda bem. Não estou a dizer que gosto mais deste álbum do que dos outros, mas o terceiro álbum não podia ser igual aos outros dois. Em Humbug não podiam repetir a fórmula outra vez. Tinham de mudar, evoluir, e isso foi conseguido, sem dúvida!
Este álbum não tem músicas tão dançáveis como até agora. Estas são mais intensas, as guitarras são menos agressivas, a precursão não pede um “pezinho de dança” e aqui ou ali roçam mesmo o psicadélico. As músicas estão mais completas… são mais canções.
De facto, tanto o baixo como a bateria marcam um ritmo mais calmo que nos álbuns anteriores. Continuam em perfeita sintonia, mas a agressividade e os ritmos mais rápidos característicos de Whatever People Say I Am, That's What I'm Not e de Favourite Worst Nightmare ficaram para trás. Só isto já marca uma enorme diferença entre os Arctic Monkeys de ontem e os de hoje. Parece acertado concluir que Alex Turner gostou da experiência dos Last Shadow Puppets e que esta o influenciou um pouco para Humbug. Só a espaços se sente uma réstia da impetuosidade presente em Whatever People Say I Am, That's What I'm Not. Ainda assim é por pouco tempo. São uns Arctic Monkeys diferentes. Apenas em Pretty Visitors se pode afirmar que estamos perante uma música “à Arctic Monkeys”.
Não faltarão opiniões de que estão mais maduros ou moderados. Talvez. Mas tudo isso não interessa. O importante é que os britânicos estão diferentes. Não interessa se para melhor ou pior. Simplesmente têm um álbum muito agradável e bom de se ouvir, que é indubitavelmente diferente dos dois anteriores. Pessoalmente, e apesar de ainda só o ter ouvido duas vezes, já posso afirmar que este é o álbum dos Monkeys que eu mais gosto. Está muito muito bom.
Alex, Matt, Jamie e Nick conseguiram seguir em frente e deixaram de ser mais uma grande banda britânica. Agora são muito mais que isso.
O primeiro single, Crying Lightning, é como uma ponte entre os Arctic Monkeys do passado e os do presente.
1 comentário:
É verdade, mas tenho saudades das guitarradas dos albuns anteriores!
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